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CONTEXTO

A educação em Engenharia tem vindo a evoluir de forma clara, processo que se irá acentuar no futuro próximo. Num tempo de mudança constante e acelerada, em particular nos domínios da tecnologia e na sua relação com o indivíduo e com a sociedade, importa ter bem presente o papel fundamental dos engenheiros na atual e futuras sociedades, conferindo reforçada importância e centralidade ao processo de formação de graduados em Engenharia, nomeadamente da sua preparação para os desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade, para a liderança das várias dimensões da sua atividade profissional, incluindo a inovação e a investigação, e para o exercício de uma cidadania plena e proativa.

 

Há vários anos que é crescente a competitividade entre as várias instituições de ensino superior de topo. Hoje, essa competição não se limita à atração de mais e melhores alunos, mas estende-se igualmente às estratégias e práticas de captação dos melhores recursos humanos para os seus quadros de docentes e investigadores. Esta estratégia é decisiva, particularmente em escolas de Engenharia, para aumentar de forma visível o grau de entrosamento entre as atividades de ensino e as de investigação, através da combinação harmoniosa e exigente entre uma dimensão universitária de aprendizagem baseada no conhecimento consolidado e uma investigação científica de fronteira, indutora da curiosidade crítica e de um espírito inovador e criativo em toda a comunidade académica.

 

Os desafios societais atuais e do futuro próximo são grandes oportunidades para as Universidades e para as suas escolas de Engenharia, mas que exigem o seu reposicionamento e o aprofundamento de abordagens multidisciplinares na investigação e no ensino. A Escola de Engenharia deve querer colocar a sua marca identitária num futuro que passa pelo desenvolvimento de fontes energéticas limpas e seguras, pela melhoria de infraestruturas e equipamentos, em particular das cidades, incluindo os novos conceitos de mobilidade, pela indústria de manufatura avançada num contexto de economia circular, pela transformação digital e pela cibersegurança, pela conceção de processos, produtos e sistemas (eco)eficientes e de mais fácil acesso para a saúde e para o apoio à crescente população idosa, bem como pela exploração dos oceanos e do espaço, sempre em alinhamento com os objetivos do desenvolvimento sustentável 2030, definidos pela ONU.

 

Estes objetivos, aliados a uma natural ambição que deve caracterizar a nossa Escola de Engenharia, fazem com que seja imperiosa a existência de um pensamento estratégico e ágil com vista à afirmação da Escola e do seu potencial, nomeadamente no seu contributo para a melhoria contínua da qualidade de vida da sociedade onde se insere, quer a nível local, quer a nível global. Este contributo deve alinhar-se com o que a sociedade também espera da área da Engenharia, nomeadamente ao nível de criação da massa crítica necessária para um desenvolvimento sustentável da Humanidade.

 

Neste sentido, será necessário estarmos preparados para o futuro e fazê-lo de forma bem-sucedida, contribuindo para que a Universidade do Minho veja na sua Escola de Engenharia um dos seus mais fortes motores de sucesso, projetando a universidade para lugares de destaque no panorama internacional do ensino superior e da investigação científica das próximas décadas.

Assim, esta candidatura assume como ideia central o “Futuro com Identidade”, perspetivada a partir da centralidade e do papel vital da Engenharia no crescimento sustentável e na competitividade internacional de Portugal e da Região Norte. A ideia de formar futuras gerações de engenheiros com sólidos conhecimentos técnico-científicos, capacidade de inovação e liderança e responsabilidade ética e social deve ser irrecusável para a Escola e fundacional da sua ambição, tendo, assim, um papel com uma identidade única na definição do nosso amanhã.

© 2019 por Futuro com ID

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